Hoje dou dicas para você não ser enganado nas compras pelo crediário e também nos descontos e promoções oferecidos pelos lojistas. Se você não se cuidar pode literalmente jogar dinheiro no lixo.
O empréstimo e o financiamento
Tanto o empréstimo quanto o financiamento estão ligados à idéia do crédito. Ter crédito na praça é fundamental na sociedade capitalista que vivemos. Por isso, os Serviços de Proteção ao Crédito são hoje muito conhecidos. As pessoas que estão neles negativadas ficam impossibilitadas de fazer compra à prazo.
É por isso também que esse tipo de cadastro negativo, que nasceu para fornecer dados para os comerciantes fazerem transações seguras, transformaram-se em verdadeiras “centrais de cobrança”: basta você atrasar alguma prestação para ser ameaçado de negativação ou ser efetivamente negativado. Mas, desse assunto de negativação tratarei outro dia. Continuo falando do empréstimo e do financiamento.
O empréstimo pessoal é a entrega de certa quantia em dinheiro, com a concessão de prazo para que esse dinheiro seja devolvido. A devolução do dinheiro é feita acrescida dos juros do empréstimo e pode se dar de uma só vez (um único pagamento) ou em parcelas. Estas podem ser mensais, bimestrais, semestrais etc.
Já o financiamento é uma espécie de crédito no qual um terceiro paga ao vendedor do produto ou do serviço adquirido pelo consumidor. Por exemplo, quando você compra um automóvel, o vendedor recebe o valor do preço e as parcelas do financiamento são pagas diretamente à financeira/banco.
Nesse caso, também, junto com as prestações você está pagando juros. Esses juros, chamados remuneratórios, são o rendimento que você paga para o banco ou financeira que entrega o dinheiro para você (no caso de empréstimo) ou paga o vendedor (no caso de financiamento). Esses juros são calculados na forma de percentuais calculados sobre o valor emprestado e pelo tempo do empréstimo.
O preço do empréstimo, portanto, corresponde a quantia de juros paga. É preciso fazer muito bem os cálculos para ver se vale a pena pedir empréstimos e fazer financiamentos, por causa das altas taxas de juros cobradas. E tome cuidado: às vezes, o vendedor/banco/financeira fazem propostas bastante atraentes mostrando taxas de juros bem baixas, mas em função do longo prazo ou do modo de fazer o cálculo (capitalizado) você acaba pagando muito de juros sem perceber. Veja abaixo o que eu falo dos crediários e saiba como calcular o quanto de juros você paga.
Claro que, se você necessitar fazer o empréstimo, fica sem alternativa. Porém, se o empréstimo e a compra puderem ser adiados, para uma compra com pagamento à vista, esse é o ideal.
O crediário
O crediário é uma modalidade de financiamento muito utilizada no comércio. Se você resolver comprar alguma coisa pelo crediário, tome algumas cautelas. Veja.
O maior problema nos crediários está relacionado ao quanto de juros se paga. Os vendedores sabem que o consumidor precisará fazer o crediário e sabem também que o comprador não faz o cálculo do custo total do preço, mas apenas verifica se o salário será suficiente para pagar a prestação mensal.
Daí, alguns desses comerciantes colocam o preço à vista mais alto que os normalmente praticados no mercado. Logo, o preço inicial já fica mais caro. Além disso, embutem os juros em prestações de longo prazo. Atualmente há crediários de 12, 24, 36 meses ou mais.
Eles se utilizam, também, de outras artimanhas. A publicidade enganosa é uma delas. Às vezes, o anúncio diz que ficou mais barato comprar porque a taxa de juros foi reduzida (por exemplo, de 5 para 4%) e o prazo para pagamento foi aumentado (por exemplo, de 12 para 24 meses). É um engodo: ao invés de pagar menos, o consumidor pagará mais, pois os juros totais pagos serão enormes. É verdade que a prestação é menor, mas o comprador estará pagando um montante muito maior a título de juros.
Por isso, anote: Não existe fórmula mais barata do que pagar à vista. Crie o hábito de poupar, juntar dinheiro, para depois pagar à vista. Você não perde o dinheiro dos juros e ainda por cima pode obter bons descontos, fazendo pesquisa de preços no mercado.
Aplicando na poupança ou noutro investimento seguro, na pior das hipóteses, você tem uma renda mensal aproximada aos índices inflacionários, além de pequena taxa de juros.
É verdade que, se você necessita do produto e somente pode pagar à prazo, fica sem alternativa. Porém, ainda assim calcule quanto está pagando. Descubra o menor preço à vista no mercado. Multiplique o valor da prestação pelo número de meses. Desse total, subtraia o preço à vista. O resultado é quanto você pagará de juros, ou seja, dinheiro jogado fora. Daí decida se vale a pena fazer o negócio.
Cuidado com descontos, promoções e formas de pagamento
Não compre “desconto”. Preocupe-se com o preço final do produto. Há comerciantes que fazem ofertas muito vantajosas, mas que são enganosas. Existem lojas que nunca anunciam o preço à vista. Você não consegue descobrir quanto custa, porque está sempre anotado: “com desconto de...”. Essas ofertas estão tanto nas vitrines, como nos anúncios das revistas, jornais, internet e malas diretas.
Algumas lojas fazem “promoções” o tempo todo; outras estão sempre em “liquidação”. Algumas usam essa “técnica” de vendas o ano inteiro! Não confie cegamente nisso.
Ora, se a promoção é permanente, então, na verdade, ela é falsa: é tática enganosa para atrair o consumidor pelo desconto e não pelo preço.
O percentual de desconto não significa nada. Dez, vinte, trinta, cinquenta porcento são apenas atraentes aos olhos. O que vale é quanto custa o produto realmente após o desconto, isto é, o que interessa mesmo é quanto você irá desembolsar.
Não se deixe levar: faça o cálculo do preço à vista, abatendo o valor correspondente ao desconto. Depois de obtê-lo, pesquise em outras lojas e veja se está mais barato mesmo.
Cuidado: há mais enganações. Por exemplo, existem anúncios que dizem: “Pague à vista com 20% de desconto ou em 3 vezes sem acréscimo”. Ora, se à vista tem desconto, quando você compra em três prestações, o valor do desconto está incluído. Logo, tem acréscimo sim.
Se for pagar com cartão de crédito, saiba que o preço à vista e no cartão tem de ser o mesmo. A loja não pode aumentar o preço para pagamento com cartão de crédito.
O cartão de débito é prático, mas não se esqueça de que o dinheiro sai diretamente de sua conta. Por isso, mantenha controle do saldo que você deve ter para pagar os cheques pré-datados emitidos, os débitos em conta que foram autorizados etc. Não é incomum acontecer do comprador pagar com cartão de débito e depois ficar sem saldo para honrar cheques pré-datados.
O empréstimo e o financiamento
Tanto o empréstimo quanto o financiamento estão ligados à idéia do crédito. Ter crédito na praça é fundamental na sociedade capitalista que vivemos. Por isso, os Serviços de Proteção ao Crédito são hoje muito conhecidos. As pessoas que estão neles negativadas ficam impossibilitadas de fazer compra à prazo.
É por isso também que esse tipo de cadastro negativo, que nasceu para fornecer dados para os comerciantes fazerem transações seguras, transformaram-se em verdadeiras “centrais de cobrança”: basta você atrasar alguma prestação para ser ameaçado de negativação ou ser efetivamente negativado. Mas, desse assunto de negativação tratarei outro dia. Continuo falando do empréstimo e do financiamento.
O empréstimo pessoal é a entrega de certa quantia em dinheiro, com a concessão de prazo para que esse dinheiro seja devolvido. A devolução do dinheiro é feita acrescida dos juros do empréstimo e pode se dar de uma só vez (um único pagamento) ou em parcelas. Estas podem ser mensais, bimestrais, semestrais etc.
Já o financiamento é uma espécie de crédito no qual um terceiro paga ao vendedor do produto ou do serviço adquirido pelo consumidor. Por exemplo, quando você compra um automóvel, o vendedor recebe o valor do preço e as parcelas do financiamento são pagas diretamente à financeira/banco.
Nesse caso, também, junto com as prestações você está pagando juros. Esses juros, chamados remuneratórios, são o rendimento que você paga para o banco ou financeira que entrega o dinheiro para você (no caso de empréstimo) ou paga o vendedor (no caso de financiamento). Esses juros são calculados na forma de percentuais calculados sobre o valor emprestado e pelo tempo do empréstimo.
O preço do empréstimo, portanto, corresponde a quantia de juros paga. É preciso fazer muito bem os cálculos para ver se vale a pena pedir empréstimos e fazer financiamentos, por causa das altas taxas de juros cobradas. E tome cuidado: às vezes, o vendedor/banco/financeira fazem propostas bastante atraentes mostrando taxas de juros bem baixas, mas em função do longo prazo ou do modo de fazer o cálculo (capitalizado) você acaba pagando muito de juros sem perceber. Veja abaixo o que eu falo dos crediários e saiba como calcular o quanto de juros você paga.
Claro que, se você necessitar fazer o empréstimo, fica sem alternativa. Porém, se o empréstimo e a compra puderem ser adiados, para uma compra com pagamento à vista, esse é o ideal.
O crediário
O crediário é uma modalidade de financiamento muito utilizada no comércio. Se você resolver comprar alguma coisa pelo crediário, tome algumas cautelas. Veja.
O maior problema nos crediários está relacionado ao quanto de juros se paga. Os vendedores sabem que o consumidor precisará fazer o crediário e sabem também que o comprador não faz o cálculo do custo total do preço, mas apenas verifica se o salário será suficiente para pagar a prestação mensal.
Daí, alguns desses comerciantes colocam o preço à vista mais alto que os normalmente praticados no mercado. Logo, o preço inicial já fica mais caro. Além disso, embutem os juros em prestações de longo prazo. Atualmente há crediários de 12, 24, 36 meses ou mais.
Eles se utilizam, também, de outras artimanhas. A publicidade enganosa é uma delas. Às vezes, o anúncio diz que ficou mais barato comprar porque a taxa de juros foi reduzida (por exemplo, de 5 para 4%) e o prazo para pagamento foi aumentado (por exemplo, de 12 para 24 meses). É um engodo: ao invés de pagar menos, o consumidor pagará mais, pois os juros totais pagos serão enormes. É verdade que a prestação é menor, mas o comprador estará pagando um montante muito maior a título de juros.
Por isso, anote: Não existe fórmula mais barata do que pagar à vista. Crie o hábito de poupar, juntar dinheiro, para depois pagar à vista. Você não perde o dinheiro dos juros e ainda por cima pode obter bons descontos, fazendo pesquisa de preços no mercado.
Aplicando na poupança ou noutro investimento seguro, na pior das hipóteses, você tem uma renda mensal aproximada aos índices inflacionários, além de pequena taxa de juros.
É verdade que, se você necessita do produto e somente pode pagar à prazo, fica sem alternativa. Porém, ainda assim calcule quanto está pagando. Descubra o menor preço à vista no mercado. Multiplique o valor da prestação pelo número de meses. Desse total, subtraia o preço à vista. O resultado é quanto você pagará de juros, ou seja, dinheiro jogado fora. Daí decida se vale a pena fazer o negócio.
Cuidado com descontos, promoções e formas de pagamento
Não compre “desconto”. Preocupe-se com o preço final do produto. Há comerciantes que fazem ofertas muito vantajosas, mas que são enganosas. Existem lojas que nunca anunciam o preço à vista. Você não consegue descobrir quanto custa, porque está sempre anotado: “com desconto de...”. Essas ofertas estão tanto nas vitrines, como nos anúncios das revistas, jornais, internet e malas diretas.
Algumas lojas fazem “promoções” o tempo todo; outras estão sempre em “liquidação”. Algumas usam essa “técnica” de vendas o ano inteiro! Não confie cegamente nisso.
Ora, se a promoção é permanente, então, na verdade, ela é falsa: é tática enganosa para atrair o consumidor pelo desconto e não pelo preço.
O percentual de desconto não significa nada. Dez, vinte, trinta, cinquenta porcento são apenas atraentes aos olhos. O que vale é quanto custa o produto realmente após o desconto, isto é, o que interessa mesmo é quanto você irá desembolsar.
Não se deixe levar: faça o cálculo do preço à vista, abatendo o valor correspondente ao desconto. Depois de obtê-lo, pesquise em outras lojas e veja se está mais barato mesmo.
Cuidado: há mais enganações. Por exemplo, existem anúncios que dizem: “Pague à vista com 20% de desconto ou em 3 vezes sem acréscimo”. Ora, se à vista tem desconto, quando você compra em três prestações, o valor do desconto está incluído. Logo, tem acréscimo sim.
Se for pagar com cartão de crédito, saiba que o preço à vista e no cartão tem de ser o mesmo. A loja não pode aumentar o preço para pagamento com cartão de crédito.
O cartão de débito é prático, mas não se esqueça de que o dinheiro sai diretamente de sua conta. Por isso, mantenha controle do saldo que você deve ter para pagar os cheques pré-datados emitidos, os débitos em conta que foram autorizados etc. Não é incomum acontecer do comprador pagar com cartão de débito e depois ficar sem saldo para honrar cheques pré-datados.
Um comentário:
Excelente postagem.
Estou sendo vvtma de um emprestimo enganoso, gostaria de saber como devo proceder com a emprestadora, desde já agradeço!
Por favor, ajuda-me!
cleuberson.lima@hotmail.com
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